sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Entrevista do ex-deputado Ricardo Almeida para o Jornal Observatório dos Inhamuns

O entrevistado é o ex-deputado estadual por dois mandatos, Ricardo Almeida. Na última eleição recebeu 44% dos votos como candidato a prefeito da cidade de Catarina. Ricardo é advogado, filho de Acopiara, onde fez e continua fazendo política, respaldado numa tradição familiar e vocação para essa atividade. Transferiu domicilio eleitoral para a cidade de Catarina e atualmente é a principal liderança oposicionista naquela cidade.
01. O Senhor já foi deputado e apesar de ter sido votado em Catarina, não participava ativamente da sua vida política. O povo de Catarina agora pode dizer que tem um pré-candidato da terra?
R: Sempre fui bem votado em Catarina, não só para prefeito, como também nas duas vezes que fui deputado. Como candidato a prefeito em 2008, obtive 44% dos votos apurados, o povo de Catarina depositou na minha pessoa grande credibilidade. A minha votação para prefeito quase que derruba uma oligarquia de quarenta anos no poder. Não sou filho de Catarina, mas o povo me adotou como tal.
02. Isso é uma novidade porque nunca um político que milita nessa cidade se dispôs a ser candidato a deputado. Qual a importância desse fato?
R: É realmente um fato e uma novidade muito importante. Catarina nunca teve um candidato a deputado filho da terra, no entanto a confiança que o povo de Catarina tem na minha pessoa, me credencia para tal. Farei por merecer essa confiança.
03. Catarina é um município onde um mesmo grupo político permanece no poder a 40 anos. Deve ser um recorde no estado, que analise o Senhor fNegritoaz dessa realidade?
R: O alicerce da Democracia é exatamente baseado na alternância de poder. Catarina é exemplo vivo da falta de alternância de poder. No Ceará, talvez só em Catarina aconteça isso, a política se torna viciada, o povo não tem escolha e o município só tem a perder. A corrupção impera.
04. Na última eleição o senhor foi candidato a prefeito e foi derrotado. O que se propala é que a oposição rachou para 2010. O novo quadro desanima?
R: Não me considero totalmente derrotado, fiz uma campanha limpa, honesta, não me prevaleci do poder econômico e mesmo assim o povo não me decepcionou. Fui muito bem votado. Eleições se perdem ou se ganham. Não queria ganhar a prefeitura comprando a consciência do povo. Quanto ao propalado racha da oposição para 2010, não é verdade, ela estará unida, coesa. Não passa de boato, fruto do medo dos poderosos. E o mais importante, o povo está ao nosso lado. Aconselho aos “poderosos” que leiam com atenção a tabuada aritmética da política, às vezes a soma de 2+2 não é igual a 4, as vezes é 5, 3, 2, 1, ou negativo, para ilustrar essa colocação analisem a última eleição municipal de Tauá, quando todos os poderosos se uniram contra o Ronaldo (povão) e só não perderam porque gastaram uma fortuna. A situação da oposição é animadora, vibrante, alvissareira, senão vejamos: A vontade cada vez maior por uma mudança; Nós temos um projeto moderno, arrojado que mudará a forma de administrar e fazer política; excelentes nomes disponíveis para a chapa majoritária e proporcional; o provável candidato da situação não tem cheiro de povo, só tem cheiro de dinheiro, dinheiro cuja origem o povo conhece.
05. Sua família tem uma tradição política muito grande em Acopiara. O seu Pai foi prefeito de Acopiara e atualmente é administrada por um irmão seu. Acopiara retorna a Assembléia, também, com o seu nome?
R: Sou filho de uma família política das mais tradicionais de Acopiara e do centro-sul do Ceará. Meu pai, Chico Sobrinho, foi prefeito, foi também deputado estadual, e meu irmão Antonio Almeida por três vezes é prefeito da minha terra. Fui vereador por duas vezes, presidente da camara municipal e me elegi deputado estadual por duas gestões. Sou candidato a deputado estadual, mais uma vez empresto meu nome. Espero retornar a assembléia legislativa do estado do Ceará representando não só Acopiara, mas todos os municípios onde for votado.
06. Porque se troca carreira política para um município de menor porte quando já se tem uma base estruturada num maior?
R: Não se trata de trocar carreira política de um município de maior ou de menor porte. O que pretendo na realidade é ajudar e colaborar na melhoria de vida do povo do meu estado, principalmente Catarina e minha querida Acopiara.
A continuação da entrevista será publicada em próximas edições do blog.

Nenhum comentário:

Postar um comentário